Tanyth Berkeley: The Walking Woman
Nascida em 1969, natural de Hollywood, na Califórnia, a fotógrafa de 50 anos Tanyth Berkeley enxerga a beleza no que, por muitas vezes, passa despercebido pelas pessoas diariamente. Durante muito tempo, a estadunidense trabalhou dedicadamente em um projeto que traz à frente das câmeras uma parcela bem diversificada da população: pessoas transexuais, artistas de rua, albinos e pessoas desconhecidas da cidade.
Após completar seus estudos em Belas Artes pela Universidade de Columbia, em 2004, Tanyth desenvolveu projetos que fez com que se destacasse dentre os demais fotógrafos. Além de trabalhar com a beleza em diferentes feições e aparências, Berkley se envolveu em um projeto que acabaria sendo o marco em sua carreira: The Walking Woman.
Sendo considerado seu principal trabalho com fotografia, The Walking Woman se trata de imagens que possuem significados muito mais profundos e análises muito mais subjetiva do que uma simples apreciação. A proposta traz ao público duas personagens que vivem momentos intensos em suas vidas. Ruth, exilada da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e Spice, que foi encontrada depois de Ruth, são mulheres que vivem em isolamento no deserto, longe de seus filhos e família, por não corresponderem às expectativas dos grupos em que se inseriam. Ruth, por exemplo, protestou abertamente contra o abuso de crianças decorrente da poligamia e dos casamentos entre familiares.
Tanyth Berkeley trabalhou arduamente para retratar a história dessas mulheres que encontraram na solidão e no isolamento um consolo e, possivelmente, a única maneira disponível de viverem uma vida feliz. Depois de prontas, as fotos foram publicadas em um livro encadernado que carrega o título do projeto.
Texto por Augusto Braga
23/07/2019
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