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Robert Frank e sua obra-prima: “The Americans”
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Em seu fotolivro, Robert Frank retratava as cenas do cotidiano norte-americano com ângulos tortos e cortes bruscos e colocava a nu as questões mais impetuosas da sociedade, motivo pelo qual, talvez, suas obras de começo de carreira tenham sido mal recebidas. A revista popular Photography reclamou dizendo que eram “borrões sem sentido”. Já o autor declararia: “tentei esquecer as fotos fáceis para tentar trazer algo do interior.”
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“O que Robert fez em ‘The Americans’ foi algo totalmente novo para época – para além do que ele retratava. O layout do livro, a sequência sem nenhum texto, sem nenhuma explicação, foi, para época, muito revolucionário já que o fotolivro, era, normalmente, um longo texto com algumas fotografias ilustrativas” diz o autor Gerhard Steidl.
Robert inovou e definiu uma nova fórmula para o fotojornalismo da época por suas imagens bem nítidas, iluminadas e de forma clássica, fossem de frentes da batalha ou sobre as estrelas de cinema em suas horas de lazer. A crítica cultural Janet Malcolm chamou Robert de “Manet da nova fotografia”. Pensava-se que o livro era uma crítica da sociedade americana que afastava a visão “perfeita” do país apresentado em revistas, filmes e televisão.
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Frank ficou conhecido também como “pai involuntário” da estética instantânea: o fotógrafo tinha um estilo pessoal e procurava capturar a aparência e espontaneidade em um momento autêntico. Suas fotos influenciaram a forma dos fotógrafos abordarem não apenas seus assuntos, mas também o “corpo” da imagem.
Robert Frank nasceu no dia 9 de novembro de 1924, na cidade de Zurique e faleceu no dia 9 de setembro de 2019, aos 94 anos. Seu primeiro contato com a arte fotográfica foi aos 12 anos de idade, quando começou a trabalhar como aprendiz para Hermann Segesser. Frank emigrou para Nova Iorque e teve seu primeiro emprego como fotógrafo de moda nas revistas Fortune, Life, Look e Harper’s Bazaar, antes de trabalhar em “The Americans”, lançado em 1958 e que incluía 83 fotos que capturavam a vivência do autor em sua passagem pelos Estados Unidos. Com suas imagens em preto e branco, fez um retrato coletivo e cotidiano dos cidadãos comuns americanos e mostrou o lado trágico da economia, como a violência da discriminação racial. Para além destes cenários, também destacavam-se as bandeiras nacionais e os carros. Deste modo, Robert Frank se tornou um ícone da fotografia do século XX.
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29/10/2019
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