Luisa Dörr: Fotografando com smartphone
Gaúcha de Lageado (RS), Luisa Dörr ganhou projeção internacional em 2017, após ser convidada pela revista Time para retratar as maiores influentes norte-americanas – entre elas a Oprah Winfrey, Hillary Clinton e Selena Gomes. Doze retratos compuseram as capas da série de reportagem especial intitulada “Firsts: women who are changing the world”. O fato de ela ter fotografado essas grandes celebridades com seu celular causou um grande burburinho, tornando-a também uma pioneira.
O projeto Firsts cresceu rapidamente e a revista resolveu transforma-lo em uma série de 46 fotografias, além dos vídeos e, tudo isto acabou virando um livro.
A Luisa foi nossa aluna no Curso Avançado de Fotografia em 2011, durante as aulas ela já explorava o celular como ferramenta. Em uma de suas entrevistas ela comentou que nem sempre tem uma câmera no bolso, mas o celular está sempre com ela.
Além do telefone Luisa utiliza todo seu conhecimento em fotografia, composição, luz, além do aplicativo snapseed para tratar as imagens da revista e para impressão passou as fotografias por um processo de interpolarização, segundo entrevista do jornal El País.
Para ela a câmera, seja do celular ou profissional, não criam, são apenas um meio que auxiliam no processo. Quem segura e manipula a ferramenta é que estabelece o resultado final. Ela acredita que a escolha do equipamento pelo fotógrafo será cada vez mais livre.
Além do trabalho para revista Time, Luisa tem uma aproximação muito grande com a temática do feminino, muitos de seus projetos ressaltam a beleza e o empoderamento da mulher. Entre eles estão o projeto Maysa, que documenta a trajetória de uma adolescente paulista que busca o sonho de se tornar uma miss.
Em 2019, Luisa foi a primeira brasileira a vencer o prêmio da World Press Photo com seu projeto Falleras. A fotógrafa contou para o jornal El País que este projeto surgiu no meio de uma viagem familiar. “…de forma despretensiosa”, conta ela. Neste projeto ela acompanhou a festa popular espanhola “Fallas de Valencia” e produziu uma série de retratos intimistas das mulheres em suas vestimentas tradicionais.
Na mesma entrevista ela pontua que o fotógrafo é um autor e protagonista, que deve ir atrás de suas próprias histórias e não esperar por um trabalho pago. “Entendo que muitos fotógrafos estão desesperados com essa falta de lugares para publicar. A falta de oportunidades e meios precisa ser recompensada com o talento do fotógrafo em achar pautas interessantes e autorais, mas é um processo cansativo em que muitos vão ficando pelo caminho”, reflete.
O trabalho de Luisa pode ser conferido através de seu site e seu instagram.
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03/12/2019
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