Yuri Kozyrev: Emoções no front
Um dos mais importantes fotojornalistas da Rússia, Yuri Kozyrev realiza coberturas há mais de 20 anos. Esteve em conflitos que marcaram a história recente – fotografou desde a queda do Talibã, no Afeganistão, após os atentados de 11 de setembro, até as revoltas da Primavera Árabe. Neste post, resgatamos imagens do trabalho de Yuri no Iraque, cobrindo a queda do regime de Saddam Hussein, em 2003.
“Quando saímos de manhã para fotografar na linha de frente, sempre haverá algum de nós que perceberá melhor o que está acontecendo naquele dia e que tomará a iniciativa. É uma espécie de voz interior, que aprova irmos mais além do que outros fotógrafos. Ou então essa voz desaprova o passo e seus amigos levam isso em consideração”, conta Yuri à revista FK.
“A tarefa mais importante é capturar emoções, o resto é insignificante. É relevante ser capaz de ver emoções e documentá-las em fotografias, para criar uma imagem que evoque alguma resposta nos espectadores”, define o fotógrafo.
Refletindo sobre a carreira, Yuri entende que a trajetória de um fotojornalista no front em algum momento dá sinais de que deve ser encerrada. “O repórter pode ser comparado a um bom esportista que corre distâncias curtas: não somos imortais. Em breve terei 50 anos, e depois, quando chegamos aos 60, fica complicado acompanhar as mesmas coisas que alguém de 20”, explica o fotógrafo.
Yuri Kozyrev recebeu inúmeros prêmios, incluindo o World Press Photo, por imagens feitas na Chechênia, no Iraque e em Beslan, na Rússia. Em 2004, recebeu o Overseas Press Club Oliver Rebbot Award. Mais tarde, em 2008, foi premiado com o Frontline Club Award pela sua extensa cobertura no Iraque. Suas reportagens sobre a Primavera Árabe receberam diversos prêmios desde 2011, quando recebeu o prêmio de Fotógrafo do Ano pela Picture of the Year International.
08/08/2014
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