Maria Svarbova e a tensão silenciosa das fotografias
Nascida em 1988, a fotógrafa autodidata Maria Svarbova estudou restauração e arqueologia. Nesse mesmo período, a fotografia surgiu como um hobby, para logo virar profissão em tempo integral. Hoje ela é contratada de grandes marcas, entre elas, a Vogue americana.
A inspiração da artista está nas pessoas normais e em suas rotinas, mas as narrativas de Sarbova não entregam a história completa para que as pessoas reflitam a respeito dos cenários capturados.
Svarbova tem um cuidado notável em suas composições, utilizando uma paleta de cores bem planejada e criando espaços amplos em cenários minimalistas. As fotografias causam uma tensão silenciosa, um convite para uma pausa contemplativa.
A série Swimming Pool, uma das mais conhecidas da artista, foi criada em 2014 e continua até hoje. O projeto surgiu quando, em busca de locações fotográficas interessantes, Svarbova se deparou com as piscinas públicas construídas na Era Socialista na Eslováquia. O cenário contribui perfeitamente para o seu estilo minimalista e simétrico. Na série, os modelos são apresentados em movimentos congelados e com coloração fria o que enfatiza ainda mais o colorido das roupas. A preocupação com qualidade técnica e riqueza de detalhes também é uma característica evidente da fotógrafa.
Outra série interessante de Maria Svarbova é a Plastic World (mundo plástico), na qual os personagens agem como manequins, com total ausência de emoções. As fotografias desafiam o observador a questionar os papéis enraizados que desempenhamos na sociedade e nossa aparente incapacidade de mudar esse destino pré-determinado da vida.
O trabalho de Maria Svarbova já foi destaque em jornais e revistas de grande repercussão, como The Guardian, EL Pais, Leica, Vogue, Cosmopolitan e Harper’s Bazaar. Em 2017, ela entrou para a lista dos “Under 30″ revista da Forbes que reúne os jovens mais bem sucedidos abaixo dos 30 anos.
Para conhecer muito mais do trabalho da Maria Svarbova, acesse seu instagram e site.
26/05/2020
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